A carência que sinto de você
Parece que antes eu andava em linha reta
Agora eu ando em círculos e sempre acabo no mesmo lugar
Só que quando chego novamente, só encontro lembranças
Vejo um retrato passado de um menino com falsas esperanças
Não quer deixar o erro se perpetuar
A tantas estrelas nesse mundo, não vou seguir a direção que você me guia
Me levou para o lugar errado, no final só você ria
Ficava de cabeça baixa, pensando como não conseguia pensar em nada
Como abriu os braços me abraçou depois foi apenas me jogar
Poderia ser tão simples, estar contigo...
Poderia ser tão chato, estar com você
Que se foda o simples, que se foda a razão
Que se foda os sentimentos, que se foda o coração
Deixei cigarros espalhados pelo chão enquanto esquecia
Cinzas queimando enquanto eu sorria
Copos cheios enquanto eu dançava para espairecer
Espuma no chão enquanto eu dormia para desaparecer
A corda ainda não foi posta no meu pescoço
Se chegar a hora irei pular para o tudo ou para o nada
Da minha vida eu sempre vou gostar de ter o esboço
Mais não posso concretizar o desenho final, pois não sei de nada
Por enquanto vou procurar viver da forma que for oferecida
Minha viagem pelo espaço com a estrela do viver sempre vou ter
Posso ganhar asas, podem tirá-las, mas sei o sabor de ter pernas e poder usá-las
Minha simpatia, minha criatividade, eu...
Apenas para mim...
É o que tenho a oferecer
Guilherme Silveira